Os canudos podem parecer simples de se entender. Uma pessoa suga de um lado e o líquido viaja até a boca, sem grandes complicações. Porém, a física por trás do banal ato de tomar um suco é mais complicada do que se imagina.
A primeira etapa é saber que as pessoas não estão “sugando” a bebida pelo canudo. Na verdade, a sucção é o resultado de diferenças de pressão que fazem com que líquidos, gases e sólidos fluam de uma área para outra. Ou seja, ela é o meio do caminho, não o impulso inicial.
Quando a boca envolve o canudo, ela isola o mundo exterior, o que cria um cano entre o suco e o espaço bucal. Em seguida, a pessoa que busca tomar o líquido precisa diminuir a pressão dentro da boca, aumentando o volume interno. Isso é feito sem pensar, abaixando a língua e a colocando mais para o fundo da cavidade oral.
Esse ato cria um gradiente de pressão entre o espaço interno e o mundo exterior, com a parte de dentro da boca tendo a pressurização mais baixa. No lado de fora, a pressão atmosférica é de cerca de 101 quilopascais e pressiona a bebida, fazendo com que entre pelo canudo e suba até os lábios de quem toma o líquido.
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Canudos funcionam mal em elevadas altitudes
Como os canudos dependem da pressão atmosférica, eles são menos eficientes em áreas de elevada altitude. Há menos pressão empurrando a bebida para baixo, portanto, menos força levando o líquido até a boca.
Isso também significa que eles não funcionam no espaço. Pois, no vácuo não há pressão exercida sobre a bebida para impulsionar o suco até a cavidade bucal.
Se a natureza funciona desse jeito, há um limite de altura para o qual se pode puxar o líquido através de um canudo. Essa barreira é de cerca de 10 metros ao nível do mar. Acima disso, a diferença de pressão necessária para puxar a água para cima será menor que a pressão de vapor da água, e assim, ela começará a ferver.
Em resumo, os canudos são mais complicados do que parecem e a sucção não é uma força real. Porém, esse jogo da pressão com a matéria pode ser bem útil, principalmente em aspiradores de pó. Que tal saber o quão potente é o seu?
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