O recente surto de sarampo nos Estados Unidos tem gerado grande preocupação, especialmente após a morte de uma criança de oito anos no estado do Texas. Identificada apenas como Daisy, a menina não era vacinada e não possuía comorbidades, mas sucumbiu a complicações da doença, resultando em falência pulmonar. Este trágico evento destaca a gravidade da situação no Texas, que já contabiliza quase 500 casos confirmados desde o final de janeiro. O surto teve início no condado de Gaines, onde a taxa de vacinação infantil é de apenas 82%, significativamente abaixo do índice nacional de 95%, considerado ideal para a proteção coletiva.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informou que o sarampo já se espalhou por 22 estados, com um aumento alarmante de 124 novos casos em apenas uma semana, totalizando 642 casos em todo o país. Diante da gravidade da situação, o presidente Donald Trump declarou que o governo federal poderá adotar medidas firmes caso o avanço da doença continue. Em resposta ao surto, equipes do CDC foram enviadas ao Texas em caráter de emergência, atendendo a um pedido do governador Greg Abbott. O secretário de saúde e serviços humanos, Robert Kennedy Jr., visitou a família da criança falecida e ressaltou a importância da vacina tríplice viral, que oferece 97% de proteção após duas doses.
A crise também chamou a atenção do senador republicano Bill Cassidy, presidente do comitê de saúde do Senado, que enfatizou a necessidade urgente de vacinação para evitar mais mortes. Uma audiência com Robert Kennedy Jr. no Senado, inicialmente prevista para 10 de abril, foi adiada devido à falta de prazo regimental. O comitê deverá exigir explicações sobre o impacto dos cortes no departamento de saúde, que prevê uma nova onda de demissões, incluindo profissionais do CDC e da FDA. Esta situação expõe os riscos associados à hesitação vacinal, e as autoridades continuam a monitorar o surto de perto.
*Com informações de Eliseu Caetano
*Reportagem produzida com auxílio de IA
