O caso envolvendo o ex-jogador Daniel Alves e a acusação de estupro continua a gerar polêmica e atenção na Espanha. Na última segunda-feira (7), a advogada da mulher que acusou Daniel Alves de estupro recorreu ao Tribunal Supremo da Espanha contra a absolvição do ex-jogador em segunda instância. Este recurso foi interposto no último dia permitido para apresentação, demonstrando a determinação da defesa da reclamante em buscar justiça. A advogada Ester Garcia, responsável pelo caso, optou por não revelar publicamente os argumentos do recurso, citando questões estratégicas que podem ser cruciais para o andamento do processo.
A apelação da reclamante não está sozinha; ela se soma à da promotoria, que já havia contestado a decisão do Tribunal de Apelações. Este tribunal anulou a pena de quatro anos e seis meses de prisão de Daniel Alves, alegando insuficiência de provas e colocando em dúvida o depoimento da denunciante. A decisão de absolver Daniel Alves foi anunciada em 28 de março, após o ex-jogador ter ficado em liberdade condicional por um ano, depois de passar 14 meses na prisão. A absolvição gerou críticas de grupos feministas e de vários ministros do governo espanhol, que questionaram a decisão judicial.
O incidente que deu origem ao caso ocorreu no banheiro privativo de uma boate em Barcelona, na madrugada de 31 de dezembro de 2022. A mulher alegou que Daniel Alves a obrigou a manter relações sexuais, enquanto o ex-jogador afirmou que o ato foi consensual. Este contraste de versões tem sido um ponto central no debate público e jurídico, com a sociedade dividida sobre a decisão judicial. A apresentação do recurso ao Tribunal Supremo representa mais um capítulo na busca por justiça pela reclamante e pela promotoria.
*Com informações de Carlos Martins
*Reportagem produzida com auxílio de IA
