Em uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder da China, Xi Jinping, a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, conhecida como Janja, fez comentários sobre os impactos negativos do TikTok. Essa declaração causou certo desconforto entre os representantes chineses presentes no encontro.
Lula, no entanto, minimizou a situação, afirmando que não houve mal-estar. Ele explicou que Janja solicitou a palavra para abordar questões relevantes no Brasil, especialmente aquelas que afetam mulheres e crianças. O presidente destacou a importância de discutir esses temas em um fórum internacional.
“Eu perguntei ao companheiro Xi Jinping se era possível ele enviar para o Brasil uma pessoa da confiança para a gente discutir a questão digital –sobretudo o TikTok. E aí a Janja pediu a palavra para explicar o que está acontecendo no Brasil, sobretudo contra as mulheres e as crianças”, explicou o presidente.
De acordo com Lula, durante a conversa, Xi Jinping reconheceu a autonomia do Brasil em regular as redes sociais, um ponto que Lula considerou significativo. O líder chinês se comprometeu a designar um representante para dialogar sobre a regulamentação das plataformas digitais, demonstrando abertura para o debate. “Não é possível a gente continuar com as redes sociais cometendo os absurdos que cometem, e a gente não ter a capacidade de fazer uma regulamentação”, declarou o petista.
Até o momento, o governo de Pequim não fez comentários oficiais sobre a troca de ideias entre os dois líderes. A reunião, que abordou temas de relevância global, também refletiu a busca por um entendimento mais profundo entre Brasil e China em questões sociais e tecnológicas.
“O fato da minha mulher pedir a palavra é porque ela não é cidadã de segunda classe. Ela entende mais de direito digital do que eu e resolveu falar”, declarou Luiz Inácio Lula da Silva.
Suposto vazamento Lula demonstrou incômodo com o vazamento da conversa com Xi Jinping, afirmando achar estranho que o conteúdo tenha vindo a público, já que a reunião contou apenas com ministros e pessoas de sua confiança.
“Primeira coisa que eu acho estranho é como essa pergunta chegou à imprensa, porque estavam só meus ministros lá. Então, alguém teve a pachorra de ligar para alguém e contar uma conversa que aconteceu durante o jantar — algo muito, muito confidencial e pessoal. E, depois, fui eu quem fez a pergunta, não foi a Janja. Eu vi na matéria que um ministro estava incomodado. Se um ministro estivesse incomodado, ele deveria ter me procurado e pedido para sair. Eu autorizaria ele a sair de lá”, afirmou o presidente.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
