O mês oficial da Festa Junina está chegando, mas a falta de chuva em partes do Nordeste pode provocar a falta de um alimento típico da festividade: o milho.
A precipitação abaixo do esperado nas regiões produtoras fez com que a disponibilidade diminuísse, enquanto o preço dispara em até 30%.
Milho em falta
O estado da Paraíba é um dos grandes afetados. A comerciante Maria José de Amorim, de Sousa, no sertão paraibano, contou ao Jornal Nacional que um balaio com 52 espigas de milho costumava custar cerca de R$ 40 no ano passado. Agora, está sendo vendido por R$ 62.
Em algumas regiões, os produtores chegaram a perder até 90% da produção devido à escassez de chuvas e seca no Nordeste.
Normalmente chove aqui no final de março até julho. E a gente teve aqui uma diminuição de cerca de 70% do regime de chuva. Quando era para chover 200 milímetros, choveu apenas 30 milímetros, o que afeta totalmente a produtividade do milho.
Carlos José de Araújo Filho, engenheiro agrônomo da Empaer/PB, ao Jornal Nacional
O resultado? A disponibilidade de milho diminui. E diante da grande demanda, principalmente com a proximidade da Festa Junina (na qual o alimento é típico), os compradores terão que pagar mais caro.
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Outros alimentos devem ficar mais caros por causa do clima
Essa provavelmente não é a primeira vez que você lê sobre um alimento ficando mais caro por causa dos efeitos do clima:
- Por exemplo, já reportamos que o café e o azeite são impactados diretamente pelas mudanças climáticas, que acabam prejudicando a produção. O resultado é o mesmo: aumento no preço;
- O chocolate é outro queridinho dos brasileiros que está ficando mais caro. Estudos apontaram que o aumento médio das temperaturas do planeta está afetando as plantações de cacau. Saiba mais aqui;
- Já as queimadas de 2024 prejudicaram alimentos essenciais na dieta dos brasileiros, como feijão, leite, açúcar e suco de laranja. Isso porque os focos de incêndios chegaram até as plantações, por exemplo, de cana-de-açúcar. Leia mais aqui;
- Até a banana está sendo afetada: o aumento das temperaturas deixará insustentável o plantio em muitas áreas da América Latina e do Caribe até 2080.
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