O que antes era uma possibilidade agora se tornou oficial. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que irá construir o chamado “Domo de Ouro”, um sistema de defesa antimísseis inspirado no “Domo de Ferro” de Israel.
O projeto é avaliado em US$ 175 bilhões (cerca de R$ 1 trilhão) e a expectativa é que ele seja concluído até 2029. Apesar da promessa de garantir uma maior segurança dos EUA, o assunto tem motivado novos atritos com a China.
Escudo aumentaria segurança dos EUA
O “Domo de Ouro” seria um sistema para interceptar mísseis diretamente do espaço. A ideia é ampliar a capacidade de defesa contra ameaças balísticas, hipersônicas e nucleares, com interceptação antes que esses mísseis atinjam a atmosfera.
De acordo com Trump, o novo sistema de defesa poderá detectar e interceptar mísseis em todos os quatro estágios principais de um possível ataque. Isso significa que os armamentos poderão ser destruídos ainda antes do lançamento, bem como no estágio inicial de voo, durante a trajetória no ar ou quando eles já estão descendo para atingir o alvo.
A ideia é que a proteção seja tão ou mais eficaz do que o famoso Domo de Ferro, de Israel. Segundo o Ministério da Defesa israelense, este sistema consegue interceptar cerca de 90% dos ataques feitos por inimigos.
O maior impasse relacionado ao projeto dos EUA é de ordem financeira. O Escritório de Orçamento do Congresso estimou, este mês, que apenas os componentes espaciais poderiam custar até US$ 542 bilhões nos próximos 20 anos. Trump, entretanto, solicitou um investimento inicial de apenas US$ 25 bilhões.
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China pede que EUA abandonem projeto
- O anúncio oficial da construção do “Domo de Ouro” gerou reações chinesas.
- O governo do país asiático se disse “seriamente preocupado” e pediu que a Casa Branca abandone o projeto.
- A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, declarou que o novo sistema traz “fortes implicações ofensivas” e aumenta os riscos da militarização do espaço sideral e de uma corrida armamentista.
- Pequim ainda acusou os norte-americanos de violarem o princípio de que a segurança de todos os países não deve ser comprometida.
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