O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (24), revelou que o sábado é o dia com mais furtos de celulares no Brasil. A análise considera os dados de 2024 e mostra que 18% dos furtos ocorrem aos sábados, seguido pelos domingos, com 16%. Juntos, os fins de semana concentram mais de um terço (34%) dos registros de furto de celulares no país.
Os horários de maior incidência são às 10h e entre 18h e 20h, indicando um padrão que acompanha momentos de maior movimentação nas cidades. Apesar de uma queda de 13% nos casos em relação ao ano anterior, mais de 917 mil furtos e roubos de celulares foram registrados ao longo de 2024.
Perfil das vítimas e diferença entre furto e roubo
O Anuário aponta que mulheres e homens são igualmente afetados pelos furtos, com 50% das vítimas em cada grupo. A faixa etária mais vulnerável é a de 20 a 39 anos, que representa 46% das vítimas.
Nos casos de roubo, que envolvem ameaça ou uso de violência, o cenário muda: os crimes se concentram nos dias úteis, de segunda a sexta-feira, principalmente no período da noite — 41% dos casos ocorrem entre 18h e 23h. O ambiente público continua sendo o principal local das ocorrências: oito em cada dez roubos acontecem na rua.
A proporção de vítimas de roubo é maior entre os homens (59%) e também se concentra na faixa etária entre 20 e 39 anos (52%).
Capitais com maiores taxas e dificuldade na recuperação
Entre as capitais com maior número proporcional de celulares subtraídos, estão:
- São Luís (MA): 1.600 casos a cada 100 mil habitantes
- Belém (PA): 1.452 casos
- São Paulo (SP): 1.425 casos
Apesar da elevada quantidade de furtos e roubos, apenas 1 em cada 12 celulares é recuperado pelas forças de segurança — o equivalente a 8% dos casos. O relatório aponta que essa baixa taxa de recuperação revela limitações no processamento e investigação dos crimes.
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Estados com ações e programas para recuperar aparelhos
Atualmente, 12 estados e o Distrito Federal contam com algum tipo de programa estadual para recuperação de celulares. Entre eles, estão: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Piauí, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Amazonas e o DF.
Outros seis estados possuem iniciativas isoladas, segundo o Anuário: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Acre, Paraná e Rio de Janeiro. Já oito estados não possuem nenhum programa estruturado, como Amapá, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e Tocantins.
O Fórum destaca que, embora a redução nos furtos e roubos seja positiva, a falta de uma política efetiva de recuperação e devolução dos aparelhos “parece indicar limitações na capacidade de investigação do Poder Público”. Segundo o estudo, essa deveria ser uma agenda priorizada pelas autoridades.
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