O sal sempre esteve no centro de debates sobre saúde. Enquanto seu excesso é amplamente associado a pressão alta, doenças cardíacas e AVC, pesquisas recentes levantam dúvidas sobre os riscos de uma dieta com teor muito baixo de sódio, conforme mostrado pela BBC.
Segundo a OMS, o consumo médio global chega a 10,8 g por dia — quase o dobro do recomendado. Estudos mostram que reduzir a ingestão ajuda a baixar a pressão arterial e pode diminuir mortes por doenças cardiovasculares.
Exemplos do Japão e da Finlândia mostram que campanhas nacionais de redução de sal tiveram impacto positivo em saúde pública.

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Pouco sal na dieta também causa problemas?
- Novos trabalhos sugerem uma perspectiva nova: tanto excesso quanto falta de sal estariam ligados a problemas cardíacos.
- Uma meta-análise apontou que ingerir menos de 5,6 g ou mais de 12,5 g por dia aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
- Pesquisadores como Andrew Mente defendem que o ponto ideal está em um consumo moderado — entre 3 g e 6 g de sódio por dia (equivalente a 7,5 g a 12,5 g de sal).

Na dúvida, melhor consumir moderadamente
Apesar das descobertas mais recentes, especialistas como Francesco Cappuccio, da Universidade de Warwick, argumentam que os dados contrários são falhos e que qualquer redução ajuda a controlar a pressão arterial.
Já nutricionistas lembram que a maior parte do sal está “escondida” em alimentos industrializados, tornando difícil chegar a níveis realmente baixos.
O consenso é que o sal é essencial, mas em excesso é prejudicial. A moderação continua sendo o caminho mais seguro: nem muito, nem pouco.

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