A Cruz de Einstein é um efeito ótico no espaço. Imagine uma galáxia enorme na sua frente e, atrás dela, uma estrela muito brilhante e distante.
A gravidade dessa galáxia é tão forte que funciona como uma lupa cósmica, dobrando a luz da estrela e fazendo com que um observador enxergue quatro pontos de luz ao redor da galáxia, em forma de uma cruz , embora, na verdade, exista apenas uma estrela.
Astrônomos viram uma Cruz de Einstein com cinco imagens
Foi exatamente isso que uma equipe internacional encontrou ao pesquisar a matéria escura em uma galáxia distante chamada HerS-3. Uma imagem ainda mais rara e incomum de uma Cruz de Einstein, explica matéria na Phys.org.
A imagem revelou um halo maciço e oculto de matéria escura, que compõe a maior parte do universo, mas não pode ser vista diretamente.
Leia mais:
- Visitante interestelar é analisado em imagem incrivelmente nítida
- Fúria do Sol atinge cometa raro e ameaça quebrar cauda do objeto
- Iniciativa global quer mapear Netunos fora do Sistema Solar
Parecia uma cruz, e havia esta imagem dentro. Eu sabia que nunca tinha visto aquilo antes.
Pierre Cox, astrônomo e diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Cientifica, em nota enviada à imprensa.
Cox e equipe viram que a luz do HerS-3 se dividia em cinco imagens em vez de quatro, e, segundo a nota, eles acreditaram que era uma falha nos dados.
O papel da matéria escura na formação da Cruz de Einstein
Segundo os pesquisadores, a forma da Cruz de Einstein depende da quantidade de massa ao redor da galáxia que atua como uma lupa. Além das estrelas visíveis, existe muita matéria escura, invisível, mas com gravidade forte.
Pontos principais sobre a Cruz de Einstein em HerS-3:
- A forma da cruz depende da massa ao redor da galáxia que funciona como lente.
- Quatro galáxias são visíveis no sistema HerS-3, mas não explicam sozinhas a imagem observada.
- Foi identificado um grande halo de matéria escura influenciando o efeito.
- Esse halo tem massa de vários trilhões de sóis.
- O efeito de lente permite estudar melhor tanto a galáxia distante quanto a matéria escura que desvia sua luz.
Cox explica que “a única maneira de reproduzir a configuração notável foi adicionar um componente invisível e massivo: um halo de matéria escura no centro do grupo de galáxias. Este halo pesa vários trilhões de vezes a massa do nosso Sol”.
Esse efeito de lente, explicam os pesquisadores, permite que os astrônomos estudem toda sua estrutura com mais detalhes, além de oferecer uma grande oportunidade de aprender mais sobre a matéria escura.
Podemos estudar tanto a galáxia distante quanto a matéria invisível que desvia sua luz.
Pierre Cox, astrônomo e diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica, em nota enviada à imprensa.
O post Matéria escura: Cruz de Einstein permite estudar o invisível no espaço apareceu primeiro em Olhar Digital.
