Que sons muito altos afetam a saúde das pessoas é praticamente um senso comum, principalmente quando são constantes, podendo causar diversos problemas no aparelho auditivo e até mesmo surdez.
Além disso, a exposição de pessoas a determinadas intensidades de volume podem causar mais do que problemas no aparelho auditivo, afetando a respiração, o coração, causando sensação de confusão e até mesmo a morte. Esse conhecimento pode ser perigoso, já que é possível desenvolver armas com esse propósito, as chamadas armas sônicas.
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Se você nunca ouviu falar de armas sônicas, ou tem curiosidade em saber como elas funcionam, confira abaixo a matéria que preparamos com mais informações sobre esse assunto.
O que é uma arma sônica?
As armas sônicas também são conhecidas como dispositivos sônicos de longo alcance ou canhões sônicos. Eles emitem sons muito altos a longas distâncias, sendo uma tecnologia usada para o controle de multidões. Os dispositivos emitem níveis altos e dolorosos de ruídos, que podem ocasionar danos consideráveis aos ouvidos, podendo até ocasionar a perda de audição.
Durante séculos, os amplificadores de som foram usados, mas a tecnologia somente foi transformada em arma para o controle de multidões no começo de 1990. Inicialmente, dispositivos especiais capazes de emitir sons durante longos intervalos foram usados por militares nos Estados Unidos no Iraque em 2004.
Desde os anos 90, os militares dos EUA e empresas privadas pesquisam dispositivos infrassônicos que podem ter feitos em frequências baixas, que não podem ser captadas pelo ouvido humano.
Como funcionam as armas sônicas
Essas armas emitem níveis de ruído altos, dolorosos e até mesmo perigosos, usando centenas de transdutores modernos para criar um som altamente concentrado e amplificado. O feixe bastante estreito de som pode ser direcionado a áreas-alvo específicas.
Tipos de dispositivos
Modelo LRAD – Dispositivo Acústico a Longa distância, (Long Range Acoustic Device), tem alcance de 8.900 metros para falas inteligíveis e uma potência máxima de 162 decibéis a um metro. Pode causar dor (110-130 dB) a 20 metros.
Mosquito – Arma de som de alta frequência que é audível e dolorosa para pessoas mais jovens, não afetando as mais velhas, na faixa dos trinta anos ou mais. É baseada na ideia de que a capacidade humana de captar as frequências mais altas de som diminui com a idade e, por isso, o ruído estridente do Mosquito afeta os mais jovens.
Quais são os efeitos de armas sônicas na saúde?
Não há muitas informações na literatura médica a respeito dos efeitos de armas sônicas nas pessoas. Há relatos de perda de audição e dores nos ouvidos prolongadas, ou zumbido. Porém, dados exatos ainda não estão disponíveis em forma de consenso.
Contudo, essas armas podem causar danos ou dor a manifestantes, transeuntes e até mesmo os próprios policiais que costumam utilizá-las. Alguns dos danos comuns que podem ser causados são:
- Vertigem
- Vômito
- Problemas de audição
- Danos intestinais e pulmonares
- Palpitação arterial
- Bradicardia
- Distúrbios neurológicos
Quantos decibéis o corpo humano pode suportar?
Volumes altos podem causar problemas de audição, principalmente quando saem de fones. Porém, você sabe qual a intensidade de volumes prejudicaria o ser humano, podendo até mesmo matá-lo? O Noise Addicts publicou uma pesquisa que responde essas dúvidas.
O site fez uma lista com as intensidades de ruído que causam desconfortos para os seres humanos, desde falta de ar e até tímpanos sendo rompidos, além de morte.
- 135 dB: o ar parece estar menos presente;
- 140 dB: garganta e cordas vocais vibram;
- 142 dB: o peito começa a ter sensação de “socos”;
- 148 dB: as vibrações ficam doloridas;
- 150 dB: sensação de esmagamento surge;
- 155 dB: a vibração pode ser sentida no coração;
- 158 dB: a vibração fica mais violenta e causa náuseas intensas;
- 190 dB: os tímpanos são rompidos;
- 198 dB: a onda de choque causa a morte.
Alguns estudos mostram também que a exposição a ondas ultrassônicas de alta intensidade podem causar danos intestinais e pulmonares em ratos.
Além disso, a exposição contínua a sons de baixa frequência por mais de 15 minutos pode causar distúrbios neurológicos, podendo afetar o tecido cerebral. A estimulação vibroacústica também pode afetar o padrão de frequência cardíaca, resultando em palpitação arterial e bradicardia.
Sim, a exposição prolongada a sons muito altos podem danificar as células ciliadas, responsáveis por transformar o som em sinais elétricos que o cérebro interpreta. A perda auditiva pode ser progressiva, dependendo também da predisposição genética e da exposição constante a poluição sonora.
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