O foco era o lançamento da Starship, maior foguete da SpaceX. Mas a estampa “Nuke Mars” na camiseta de Elon Musk roubou a cena durante a transmissão ao vivo da empresa, na segunda-feira (25).
A expressão faz referência a um plano antigo do bilionário de usar explosões atômicas para alterar o clima do planeta vermelho.
O lançamento acabou adiado por causa do mau tempo (mais sobre isso no fim da matéria). Mas a camiseta logo virou assunto no X, rede social da qual Musk é dono.
Musk defende explodir bombas nucleares em Marte desde 2015
Musk fala em explodir bombas nucleares em Marte pelo menos desde 2015. Ele afirmou que seria necessário usar armas atômicas para vaporizar as calotas polares e, assim, aumentar a temperatura do planeta, segundo a NBC News.
Segundo o bilionário, a meta seria tornar Marte mais habitável para uma futura colônia humana. Em 2019, ele detalhou o plano dizendo que explosões nucleares com baixa precipitação radioativa poderiam criar “sóis artificiais” que aqueceriam o ambiente. “Na minha opinião, não é arriscado e poderia ser ajustado em tempo real”, disse.
A ideia também virou produto. A SpaceX chegou a vender, em 2019, uma versão da camiseta “Nuke Mars” por US$ 25 (cerca de R$ 135). Hoje, a peça não está mais disponível na loja oficial, que comercializa outra camiseta com a frase “Occupy Mars” por US$ 35 (aproximadamente R$ 190).
Além disso, o empresário já afirmou diversas vezes que a Starship é a nave ideal para transportar humanos e cargas até Marte. Por enquanto, a SpaceX segue em fase de testes de desenvolvimento, sem previsão de voos tripulados para o planeta vermelho.
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Lançamento adiado de novo
O décimo voo de teste da Starship estava previsto para segunda-feira (25), mas foi adiado menos de um minuto antes da decolagem por conta do mau tempo. A SpaceX encerrou a transmissão ao vivo e reagendou o lançamento para esta terça (26), às 20h30 (horário de Brasília).
No domingo (24), o voo já havia sido cancelado 17 minutos antes da hora marcada por causa de um problema nos sistemas de solo. A empresa afirma que, depois da perda da Starship no nono teste, fez alterações de hardware e procedimentos para aumentar a confiabilidade da nave.
Neste décimo teste, o objetivo é ampliar os ensaios com o booster Super Heavy, com múltiplas queimas de combustível, experimentos de reentrada. Além disso, vai implantar oito simuladores de satélites Starlink. A missão também vai avaliar materiais de proteção térmica e testar a reignição de um motor Raptor em órbita.
O histórico da Starship mistura falhas e avanços. O foguete já explodiu em diferentes testes, mas também alcançou marcos como o primeiro pouso no Oceano Índico em 2024 e o retorno bem-sucedido do Super Heavy.
Apesar dos problemas, a SpaceX afirma que cada voo gera aprendizados e ajuda a acelerar a evolução rumo a um veículo totalmente reutilizável.
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