Israel e Irã vivem em conflito há muitos anos e, após a realização de vários ataques israelenses de grande proporção contra os iranianos em junho, as tensões aumentaram no Oriente Médio.
Além disso, um possível envolvimento dos EUA no conflito elevou a apreensão no mundo inteiro. Inclusive, houve uma troca de ameaças entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que afirmou que qualquer intervenção dos EUA “terá consequências séries e irreparáveis”.
Por que os dois países podem entrar em conflito direto?
Existe a possibilidade de que os Estados Unidos entrem na guerra ao lado de Israel para realizar bombardeios às instalações nucleares e militares do Irã. Essa situação começou a ser construída há duas décadas, tempo em que o Irã vem sendo acusado de tentar desenvolver uma bomba atômica.
O temor de Israel é que isso seja verdade e, assim, quando Teerã tiver a bomba em mãos, poderá utilizá-la para detonar o país e extingui-lo do mapa. Por outro lado, conforme a versão do Irã, eles possuem um programa nuclear apenas com objetivos pacíficos e dizem enriquecer urânio apenas para a geração de energia.
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Entretanto, potência ocidentais acreditam que Teerã está muito perto de conseguir o nível de enriquecimento necessário para desenvolver uma ogiva nuclear. Nos últimos meses, Trump buscou uma solução diplomática com o Irã para impedir a construção da bomba no país. No entanto, os dois lados não chegaram a um acordo.
Os EUA querem que o Irã abandone completamente qualquer programa nuclear. O Irã, porém, diz que possui o direito de ter pelo menos um programa nuclear pacífico. Trump deu o prazo de 60 dias para que isso ocorresse. Um dia após o término desse período, Israel realizou um ataque. Há quem diga que a ofensiva foi coordenada entre Trump e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Agora, Trump deseja a rendição total do Irã e chegou até a insinuar que poderia matar o líder supremo dos iranianos, o aiatolá Ali Khamenei – apesar de ressaltar que essa não seria uma ação imediata. Além disso, nos últimos dias, os americanos têm mobilizado equipamentos e aviões para o Oriente Médio. Isso indica que a participação direta dos EUA no conflito é uma possibilidade real.
EUA x Irã: comparação entre as forças militares dos países
Mas, afinal, qual é a força militar de cada uma das nações? A seguir, o Olhar Digital trouxe um comparativo de tudo o que os dois países possuem para uma guerra.
Os Estados Unidos são considerados os mais fortes do mundo quando o quesito é força militar. Isso se deve, em grande parte, ao investimento maciço no setor: são US$ 831 bilhões. Já o Irã, de acordo com o portal War Power, conta com US$ 10 bilhões.
Em poder humano, os iranianos também perdem feio, já que possuem menos da metade de soldados que os americanos em atividade. São 1.328.000 dos EUA contra 610 mil militares na ativa e 350 mil na reserva no Irã.
Ainda conforme informações do portal War Power, o exército iraniano conta com 1.996 tanques de guerra e 101 navios.
Além disso, o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS) diz que o país possui 340 aeronaves. Nos EUA, são 957 aviões de transporte, 5.737 helicópteros, sendo 1.000 de ataque, 64 submarinos e 75 Destroyers, os navios de guerra. Os americanos também possuem 360.069 veículos blindados e 11 bases aéreas flutuantes (porta-aviões). Ainda há 1.854 aviões de caça norte-americanos.
O Irã é reconhecido pelo seu alto poder balístico, pois conta com mísseis como os modelos Zolfaghar e Shahab-3, que alcançam altas velocidades e realizam trajetórias de alta altitude, tendo a capacidade de ultrapassar os limites da atmosfera. Conforme estimativas dos EUA, o Irã possuía, antes dos novos confrontos com Israel, 3.000 mísseis balísticos. Segundo o Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos EUA, esse é o maior arsenal do Oriente Médio.
Os Estados Unidos têm mísseis mais potentes e avançados. O país conta com 400 unidades do Minuteman 3, um projeto de míssil balístico intercontinental (ICBM) nuclear. Além disso, ele conta com 14 submarinos que são capazes de lançar 20 mísseis Trident 2, os quais levam até 8 ogivas nucleares.
Vale destacar ainda que, enquanto existe apenas a suspeita de que o Irã esteja perto de ter uma bomba nuclear, os Estados Unidos já possui 5.580 ogivas nucleares, com 1.710 implantadas de maneira estratégica, ou seja, em mísseis intercontinentais e bases de bombardeiros pesados. Pelo menos é isso o que aponta a Federação de Cientistas Americanos.
Os iranianos também têm feito investimentos em drones como arma de guerra. Atualmente, o país possui 3.894 desses dispositivos, sendo que alguns são usados para vigilância e a maioria, como armas de ataque, de acordo com o portal War Power.
Já os Estados Unidos, segundo o site Times of India, possuem a maior quantidade de drones, com 13.000 unidades. Eles são usados para vigilância, bloqueio de sinais e ataques.
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