O grupo “Not For Private Gain”, formado por ex-funcionários da OpenAI e especialistas em inteligência artificial — incluindo Geoffrey Hinton —, criticou a nova proposta de reestruturação organizacional da OpenAI em uma carta enviada em 12 de maio aos procuradores-gerais da Califórnia e Delaware. As informações são da Reuters.
Hinton é um prestigiado cientista da computação, conhecido por seu trabalho em redes neurais artificiais, que lhe rendeu o título de “Padrinho da IA”.
Apesar da OpenAI ter anunciado ajustes em seu plano anterior, o grupo afirma que as mudanças ainda são insuficientes para garantir que a empresa atue de acordo com sua missão original: desenvolver IA em benefício da humanidade.
OpenAI quer se manter sem fins lucrativos, mas com um porém
- A OpenAI recuou parcialmente em sua proposta inicial de eliminar o controle da entidade sem fins lucrativos, após pressões públicas e jurídicas, incluindo um processo de Elon Musk.
- Agora, a empresa planeja transformar sua operação com fins lucrativos em uma Public Benefit Corporation (PBC), mantendo a organização sem fins lucrativos como uma das acionistas principais.
- A OpenAI alega que essa estrutura permitirá levantar mais capital, essencial para competir no mercado global de IA, altamente custoso e competitivo.
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As críticas ao modelo proposto
No entanto, a nova carta aponta falhas graves nesse modelo. Segundo o grupo, a PBC não teria a mesma obrigação legal de priorizar a missão social da OpenAI como ocorre na estrutura atual.
Além disso, a organização sem fins lucrativos deixaria de ter controle total sobre a operação, incluindo decisões executivas cruciais — como nomeação ou demissão de líderes —, o que enfraqueceria sua capacidade de fiscalização.
Isso levanta preocupações quanto à possibilidade de a OpenAI priorizar interesses comerciais em detrimento da segurança e ética no desenvolvimento de tecnologias avançadas de IA.
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