A final do Campeonato Paulista de 2025 segue repercutindo nos bastidores após a conquista do título pelo Corinthians. Durante a cerimônia de encerramento do torneio, na última sexta-feira (28), a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, solicitou punição pelo uso de sinalizadores e pelo arremesso de uma bomba no campo nos minutos finais da decisão. A dirigente não especificou se a penalidade deveria recair sobre o clube ou sobre os torcedores envolvidos, mas cobrou medidas para evitar novos episódios semelhantes.
O uso de artefatos pirotécnicos na Neo Química Arena atrasou o término da partida e afetou jogadores em campo, como o zagueiro Gustavo Henrique, do Corinthians, e o atacante Thalys, do Palmeiras, que estavam próximos ao local da explosão. O árbitro Matheus Delgado Candançan registrou o incidente na súmula, reforçando a necessidade de investigação. “Eu vi que o árbitro colocou na súmula e espero que haja punição”, declarou Leila Pereira. “Não foram apenas sinalizadores, jogaram uma bomba também no gramado. Precisa haver punição, senão isso continuará acontecendo.”
Não é a primeira vez que objetos são arremessados em clássicos entre Corinthians e Palmeiras. Em novembro de 2024, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, um torcedor alvinegro lançou uma cabeça de porco no gramado. Na ocasião, o atacante Yuri Alberto chutou o objeto, acreditando se tratar de uma almofada, e quase se machucou. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) multou o Corinthians em R$ 60 mil pelo ocorrido.
Os presidentes Leila Pereira, do Palmeiras, e Augusto Melo, do Corinthians, se cumprimentam antes da primeira partida da final do Campeonato Paulista (LECO VIANA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO)
Na fase de grupos do Paulistão 2025, as equipes se enfrentaram no Allianz Parque, e o árbitro Raphael Claus relatou na súmula que torcedores arremessaram objetos no campo após o apito final, logo depois que o goleiro Hugo Souza defendeu um pênalti cobrado por Estêvão. O Palmeiras foi denunciado pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) por conta do episódio.
Caso a investigação avance, o Corinthians pode ser multado ou até perder mandos de campo devido à reincidência. Na súmula da final, Matheus Delgado Candançan destacou que a partida ficou paralisada por dois minutos devido ao “arremesso de fogos de artifício dentro do campo de jogo, vindo do local onde se encontrava a torcida mandante”. O juiz também relatou que, no segundo tempo, torcedores do Corinthians utilizaram sinalizadores e lançaram um chinelo na área de aquecimento dos jogadores do Palmeiras. O Tribunal de Justiça Desportiva deve analisar os registros para determinar eventuais punições ao clube alvinegro.
