O pregador adolescente Miguel Oliveira, de apenas 15 anos, foi impedido de subir ao altar durante o culto da noite desta quinta-feira (1º), na programação oficial do 40º Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora, realizado em Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. O evento é um dos maiores encontros evangélicos do país e reúne milhares de fiéis, pastores e líderes religiosos.
Apesar de ter sido recebido com entusiasmo por parte do público, Miguel não pôde participar ativamente do culto e nem subir ao púlpito. Ao chegar ao local, ele passou a ser acompanhado de perto por seguranças do evento, que impediram que ele se aproximasse do altar e também restringiram o contato com o público. Fiéis que tentavam tirar fotos com ele eram orientados a se afastar.
Imagens registradas por pessoas presentes no ginásio mostram o jovem sendo constantemente cercado por seguranças, que o escoltaram em silêncio durante todo o tempo. A atitude gerou desconforto entre muitos presentes, que esperavam vê-lo pregando, como fazia em outros eventos de grande porte.
A restrição coincide com uma determinação recente do Conselho Tutelar de Carapicuíba (SP), que proibiu Miguel Oliveira de continuar pregando em igrejas ou publicando vídeos com conteúdo religioso nas redes sociais. A decisão foi tomada após a divulgação de vídeos em que o adolescente aparece rasgando exames médicos no altar, alegando curas de doenças graves como câncer, diabetes e leucemia.
Segundo o Conselho, a medida visa proteger a saúde mental e emocional do jovem, além de garantir que ele retome a rotina escolar presencial. A alta exposição pública, segundo os técnicos, estaria trazendo riscos à sua formação e bem-estar.
O Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora chega à sua 40ª edição em 2025 e é conhecido por sua programação extensa, com cultos das 8h às 23h, pregações de líderes nacionais e internacionais e caravanas de fiéis de todo o Brasil. A estimativa é de que o evento reúna mais de 100 mil pessoas ao longo de seus dez dias.
O impedimento de Miguel de pregar gerou debates nas redes sociais. Enquanto alguns apoiam a decisão do Conselho Tutelar, outros criticam o que consideram censura à liberdade religiosa. Até o momento, nem Miguel nem seus responsáveis emitiram nota oficial sobre o episódio.
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