Pesquisadores localizaram uma antiga fortaleza que teria sido construída há cerca de 4.900 anos, durante a Idade do Cobre. A estrutura fica em uma colina onde hoje está localizada a cidade espanhola de Almendralejo.
A construção era protegida por três muralhas, dezenas de torres semicirculares e três valas profundas medindo até quatro metros de largura e dois metros de profundidade. No total, o complexo de defesa tinha 13 mil metros quadrados e era praticamente impenetrável.
Construção foi abandonada após ser queimada durante ataque
De acordo com a equipe de pesquisa arqueológica, a fortaleza pentagonal – a primeira a ser construída no topo de uma colina a 314 metros acima do nível do mar – oferecia uma visão dominante da paisagem circundante. Sua estrutura original apresentava uma parede entre 1,3 e 1,5 metros de espessura e uma única entrada.
Mais tarde, duas paredes concêntricas adicionais foram construídas ao seu redor, reforçadas por três valas defensivas. Elas não serviram apenas como barreiras físicas, mas também tiveram um impacto psicológico, desencorajando os agressores e forçando os invasores em potencial a superar obstáculos adicionais antes de chegar às paredes.
A fortificação de Cortijo Lobato ainda incluía cabanas e um reservatório de água para sustentar a população em tempos de cerco. Esse nível de organização sugere a existência de alguma forma de hierarquia ou liderança capaz de supervisionar um projeto dessa escala.
Os arqueólogos ainda encontraram evidências de que o local foi atingido por um grande incêndio. A queima pode ter sido intencional, como resultado de um ataque. Após este episódio, a construção foi abandonada, por volta de 2450 a.C.
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Ligação com os romanos guarda mistérios
- O vestígio posterior da presença humana no local remonta ao final do Império Romano, entre os séculos II e III d.C. Uma sepultura desta época chegou a ser localizada perto da segunda vala defensiva.
- O enterro solitário continha os restos mortais de um homem entre 25 e 35 anos, deitado de bruços com um pugio (punhal) nas costas.
- Este era um armamento padrão usado pelos legionários romanos, mas sua presença aponta para um enterro desonroso.
- Pesquisadores acreditam que ele poderia ter pertencido à Legio VII Gemina, a única legião romana estacionada na Hispânia na época.
- A equipe quer extrair o DNA dos dentes do indivíduo para confirmar sua identifidade.
- A causa da morte e o motivo para o enterro diferenciado ainda são um mistério.
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