O mundo deve se preparar para uma nova emergência de saúde pública como consequência do aumento de bactérias resistentes a antibióticos, o alerta está em um estudo feito pela Universidade do Arizona e publicado no último dia 26 na Communications Medicine.
De acordo com os pesquisadores, o aumento dessas bactérias pode levar a um crescimento catastrófico de mortes relacionadas a infecções. Esse movimento vem ocorrendo na medida em que o uso de antibióticos sobe em todo o mundo.
“A resistência a múltiplos medicamentos é ruim, mas uma vez que um patógeno ganha resistência a todos os antibióticos conhecidos, conhecida como pan-resistência, uma mudança dramaticamente rápida, em vez de um aumento gradual nos impactos à saúde pública, pode ser esperada”, disse o autor principal Benjamin Koch, cientista pesquisador sênior do Centro de Ciência e Sociedade do Ecossistema (Ecoss) da Universidade do Arizona em comunicado.
Esta pesquisa avalia a provável velocidade e magnitude desses impactos esperados e essencialmente diz: ‘Espere aí, esse problema pode rapidamente se tornar ordens de magnitude pior do que temos planejado
Benjamin Koch
Como o estudo sobre as superbactérias foi feito
Os pesquisadores modelaram o impacto de uma cepa pan-resistente hipotética de E. coli, um tipo de bactéria comum encontrada no sistema gastrointestinal. O modelo simulou mortes por sepse nos Estados Unidos usando dados de longo prazo sobre incidência, taxas de mortalidade e resultados de tratamento.
A lista de resultados potenciais conservadores a agressivos, mostrou que as mortes por sepse poderiam aumentar de 18 a 46 vezes apenas cinco anos após a introdução de tal cepa.
Claro, tudo isso é uma simulação, não existe essa cepa da bactéria, mas os cientistas acreditam que com a taxa em que as bactérias vem evoluindo, esse pode ser um cenário possível no futuro.
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Risco de emergência de saúde
Uma das coisas que torna o cenário ainda mais complicado é que todas as populações do mundo podem ser afetadas por uma cepa do tipo. . Normalmente, pessoas em países de alta renda têm acesso a cuidados de saúde de maior qualidade, então quando pegam uma infecção, podem acessar diferentes tipos de antibióticos, mas com a resistência, essa vantagem não existe.
Koch alerta que o estudo não consegue prever quando esse tipo de cepa pode surgir, mas que esse tipo de pesquisa é necessária para nos dar tempo para agir. Segundo o pesquisador,, as pessoas devem usar antibióticos somente quando necessário, conforme orientação de um profissional de saúde.
“Devemos reduzir as forças que atualmente promovem a evolução e disseminação de patógenos resistentes a antibióticos”, diz o estudo. “Globalmente, isso significa melhorar a administração de antibióticos na medicina humana e veterinária e na produção de alimentos para animais.”
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